quarta-feira, 23 de março de 2016

O site sobre cabelos cacheados da minha sobrinha

Bom dia a todos!

Primeiro, gostaria de dizer que estou muito feliz pelo número de visitas que tenho recebido no blog. Sinceramente, não acreditei que iria ter nem uma única alma viva que visitaria o blog desse humilde senhor. Mas, por incrível que pareça, essas almas vivas existem e até me leem.

Na semana passada, recebi até um e-mail de uma moça de 37 anos comentando sobre o meu último post sobre infância. Ela me escreveu dizendo que tinha se identificado com muitas das coisas que eu havia escrito no meu post, mas que discordava de outras. Foi ótimo, ela colocou os pontos dela, eu também coloquei os meus e tivemos uma discussão muito agradável e construtiva.

Blog da minha sobrinha
Bem, mas não quero desviar do assunto principal desse post.

Comentei com a minha sobrinha que eu havia feito um blog para falar de assuntos diversos. E, para a minha surpresa, ela também tem um blog! Acho que é algo de sangue...

Bem, como eu comentei com ela que eu estava tendo um número razoável de acessos, ela me pediu para que eu a ajudasse a divulgar o trabalho dela, e aqui estou! Porém, como eu já sou careca, pouco posso falar sobre cabelos, quanto mais cacheados, que é o foco principal do blog dela. Por esse motivo, pedi para que ela escrevesse um breve texto para explicar exatamente do que se trata seu blog. E aí está o resultado:

O Divas Cacheadas é um blog que fala de tudo um pouco sobre cabelos cacheados. Esse projeto surgiu quando eu me dei conta de que precisava compartilhar com as pessoas tudo que eu havia passado e sofrido com os meus cabelos durante a minha vida.
Sim, eu sofri bastante! Durante toda a minha infância, eu era a única entre as minhas amigas que não tinha cabelos lisos. A menos lisa era uma menina de cabelos loiros com leves ondas, ou seja, maravilhoso! Eu, coitada, era sempre a que sofria nas horas que antecediam as festas, pois sempre chorava por não saber o que fazer com o meu cabelo. E, mesmo no dia a dia, era horrível: eu ia para a escola sempre de coque e bico de pato, bem esticado em cima e cheio de gel para esconder meus cachos e o frizz.
Depois de algum tempo resolvi começar a alisar, assim que as progressivas apareceram no mercado. E assim foi, por mais de dez anos. Até que chegou um momento que aquilo começou a me incomodar, pois eu sentia que estava gastando meu rico dinheirinho e minha saúde para me adequar a um padrão de beleza que não me aceitava. E, por isso, eu precisava me aceitar do jeito que eu era.
Nesse momento decidi começar a minha transição - deixar de alisar os cabelos e assumir os cachos! E aí foi mais um sofrimento de um ano e meio até que toda a parte alisada do meu cabelo foi cortada!
O que hoje me possibilita assumir os cachos e ser feliz com eles é o acesso à informação. Antigamente não tínhamos internet para pesquisarmos técnicas para definirmos os cachos, mantê-los bonitos por vários dias, entre outras.
Justamente por isso eu me senti na obrigação de compartilhar com outras meninas na mesma situação como assumir seus cachos e serem felizes com eles, exatamente da maneira como elas vieram ao mundo.
No meu blog eu falo sobre cuidados básicos para cachos, indico bons produtos próprios para cabelos cacheados e indico até um curso muito legal da Gill Vianna para quem está começando (ou até mesmo pra quem já tem algum conhecimento).
Fica aqui o meu convite para todos conhecerem o blog e se beneficiarem do conteúdo. Indiquem para as mulheres (e rapazes também, por que não?) da família!
Muito obrigada a todos pela atenção!!

Espero que vocês possam me ajudar a ajudar a minha sobrinha!
Um grande abraço a todos os frequentadores desse blog.

domingo, 20 de março de 2016

A situação política do país

Sempre fui um cara antenado em política. Desde a minha juventude sempre me aprofundei no assunto, estudei e debati com quem assim desejasse.

Sinceramente, não fiz esse blog para discutir política. Aliás, talvez tenha feito esse blog justamente para fugir um pouco desse assunto, já que se você ligar a televisão, ligar o rádio, abrir um site na internet, sentar na mesa do bar com amigos ou receber sua família em casa você automaticamente está discutindo ou escutando sobre política, muitas vezes de forma fervorosa ou até mesmo agressiva.

Mas, apesar da minha vontade em fugir desse assunto, sinto-me na obrigação de dar aqui minha opinião sobre fatos recentes.

Veja, não quero aqui dizer qual partido apoio, e nem mesmo dar a minha posição política, nem que de forma leve. A questão desse post é outra.

Mais do que uma segregação política do povo brasileiro, estou vendo um radicalismo ascendente preocupante. O posicionamento político é uma coisa extremamente positiva, ainda mais se tratando do povo brasileiro, que há muito já estava acomodado vendo seus políticos usando e abusando do poder e nada faziam.

Imagem: Reprodução Tumblr Senado Federal
Essa liberdade de expressão realmente á maravilhosa! Mas, lembre-se: não confunda o seu direito de se expressar com agressão verbal e até mesmo agressão física. Discurso de ódio não é algo positivo!

Infelizmente as pessoas começaram a confundir a sua liberdade de opinião e direito de expressão da mesma com intolerância à opinião do outro. Atualmente estamos vendo até mesmo pessoas de bicicletas vermelhas sendo agredidas na rua, acusadas de serem petistas. Simplesmente por usarem uma bicicleta vermelha.

E então eu te pergunto: e se ela for petista? Qual é o problema?

Se você me responder: "como uma pessoa que tá careca de saber que o partido é corrupto continua apoiando-o?", eu vou então educadamente lhe perguntar por que você também não está atacando nas ruas pessoas com camisetas de estampas de passarinhos, que talvez pudessem remeter a tucanos? Afinal, como uma pessoa pode ser tucano se esse também é um partido comprovadamente corrupto.

Gostaria de ver TODOS os corruptos na cadeia. Não somente PT, mas também PSDB e principalmente PMDB! Gostaria de ter a certeza de que as manifestações são realmente contra a corrupção, e não contra um partido. Gostaria de crer que as pessoas não estão se deixando manipular pela mídia e que realmente refletissem sobre quaisquer assuntos que leem ao invés de simplesmente sair compartilhando informações que não fazem sentido.

As pessoas precisam entender que o país só mudará quando o povo mudar. Quando as pessoas, ao invés de defenderem ou atacarem um partido ou um político, defenderem os interesses do país, seja seguindo uma ideologia de esquerda ou de direita.

Se essas marchas realmente fossem contra a corrupção, não estariam pedindo "fora PT". Estariam pedindo um renovação de 97% do senado e do congresso, independente de partido.

terça-feira, 8 de março de 2016

A importância de saber história

Às vezes me deparo pensando em minha infância. Como eu gostava de jogar bola e empinar pipa - eram outros tempos, como eu já disse nesse post.

Como toda criança, ir pra escola não era um dos meus programas favoritos. "Precisa estudar pra ser um cidadão de bem e crescer na vida. Que diferença ao país você fará se não estudar?" - dizia meu pai.

Pra mim, eram só palavras. Porém, hoje eu entendo perfeitamente o que ele queria dizer. Claro que o clichê "estudar para ter um futuro melhor" não precisa ser explicado É bem óbvio que estudar abre portas e, apesar de não ser a única forma, é uma das formas mais garantidas de se ter boas oportunidades de crescer na vida e ter uma vida confortável, até mesmo com alguns luxos.

Porém, a outra frase que meu pai sempre repetia, talvez não seja tão óbvia. "Que diferença ao país você fará se não estudar?". "Talvez um pouco sonhador e ideológico", muitos podem pensar. Também pensei assim por algum tempo, mas hoje enxergo de forma diferente.

Lógico que existe uma interpretação lógica e racional para essa frase: estudando engenharia, vou poder colaborar com a sociedade construindo boas pontes; estudando odontologia, vou poder servir à sociedade cuidando de seus dentes, e assim por diante. Não digo aqui sobre trabalho voluntário. Todos cobram pelos seus serviços, mas se não houvessem dentistas no país, mesmo que você estivesse disposto a pagar, ainda assim você teria cáries e dor de dente. Enfim, claro que todos temos nossos papéis na sociedade.

Mas existe uma outra interpretação nessa frase. Lembro-me que odiava estudar história. "Pra que ficar estudando coisas que já aconteceram? Quem vive de passado é museu", costumava pensar. Até o dia em que proferi essa frase perto de meu tio e ele retrucou com a resposta mais óbvia de todas: "pra não repetir os mesmos erros".

Tomando como exemplo a situação política atual, acho que fica fácil entender o motivo pelo qual deveríamos todos estudar história. Mas acho que escrever aqui fica um pouco cansativo, por isso gostaria de recomendar a todos o canal do YouTube chamado "Se Liga Nessa História". Já deixei um vídeo abaixo para iniciar seu estudo de história e não se permitir cometer os mesmos erros no presente:



Esse canal fantástico é a minha sugestão para o seu feriado. Divirta-se estudando.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Será que a infância de ontem é mesmo melhor do que a de hoje?

Boa noite, leitores

Como já escrevi por aqui no meu primeiro post, já sou um senhor de idade. Digamos, bem vivido.
Claro que cresci longe de tudo isso: internet, blogs, redes sociais. Mas não estou aqui para dar aquele típico discurso de que "cresci brincando nas ruas, de bola e carrinho de rolimã".

De fato, foi o que aconteceu. Mas assim como aconteceu para mim, aconteceu para 99% das pessoas da minha idade. Então não se trata de nenhuma novidade e não me faz melhor do que ninguém.

Esse discurso de que nossa época foi melhor e de que crianças de hoje não são tão felizes quanto as crianças de antigamente não e necessariamente absolutamente correto.

Crianças de antigamente tiveram sim suas vantagens: de fato brincar na rua e ter a liberdade de correr por todos os lados é um grande ponto positivo. Além disso, a ausência de tecnologias nos obrigava a sermos mais criativos e ativarmos mais nossa imaginação. Nem tudo era dado mastigado para nós e, por esse motivo, tínhamos que nos virar.

Porém, nem tudo era um mar de rosas.

Citemos, por exemplo, a concepção de família na nossa época. Os pais (refiro-me aos homens) não eram de fato presentes na família. Certamente, em famílias minimamente estruturadas, os homens davam aos seus entes tudo que lhes era necessário: comida, casa, educação e bem estar. Porém, hoje em dia, a concepção de um "bom pai" vai muito além disso.

Não me recordo um dia sequer de meu pai ter sentado e brincado comigo. Não me recordo de ter dado mamadeira ao meu filho. Afinal, isso era uma função puramente da esposa.

E, confesso: hoje em dia fico de fato encantando ao ver meus filhos e genros cuidando de meus netos. Eles são extremamente presentes, dão banho, trocam fralda, colocam pra arrotar. Passam horas cantando canções de ninar e sentam no chão para brincarem com seus filhos.

Muito se cobra dos pais atualmente. Muitas revistas e grandes websites voltados ao público mães/pais realçam diariamente que a vida corrida dos pais não os permite que deem a devida atenção aos seus pequenos. Mas, acreditem: a sociedade está em constante evolução. E esse é um dos pontos que evoluiu. Por mais que critiquem a situação atual, de forma geral, está muito melhor do que já foi.

Outro ponto a se destacar é a escola. A extrema falta de pedagogia (comparando aos padrões de hoje) nos fazia sofrer. Castigos abusivos e humilhantes, como o famoso chapéu de burro ou simplesmente nos deixar uma aula inteira olhando para a parede de pé eram práticas comuns. Isso gerou muitos adultos inseguros, que não conseguiam enxergar outra forma de tratar as próximas gerações.

Também não podemos ser tão radicais e dizer que as crianças de hoje em dia só ficam em video games, tablets e televisão. Isso só é verdade se a criança não frequentar a escola.

Atualmente, as escolas estão cada vez mais preocupadas em disponibilizar atividades lúdicas e que incentivam a criatividade e a interação social. Coisa, aliás, que não existia na minha época. Escola era lugar simplesmente de ficar sentado quietinho e abaixar a cabeça para a professora. Só éramos criativos pela necessidade, e não pelo incentivo que recebíamos para isso por profissionais preparados.

Espero ter mudado um pouco a mentalidade de quem acha que "o mundo está perdido". Afinal, basta olhar a história da humanidade para perceber que o mundo caminha sempre para o melhor. Aliás, isso me deu uma ideia para outro post.